Estepe: afinal de contas, ele é de fato obrigatório nos carros vendidos no Brasil?

4 jun, 2019 | Informativos | 0 Comentários

Muitas pessoas se lembram do estepe apenas em caso de emergência. No entanto, a negligência com o pneu sobressalente pode trazer um grande transtorno e você ficar imobilizado na rua. Entretanto, você já parou para pensar se o estepe de carro é obrigatório em todos os automóveis vendidos no Brasil?

Essa é a pergunta que vamos responder ao longo do artigo. Você também vai saber se os automóveis que possuem pneus run flat também precisam de pneu de emergência. Também vamos mostrar como os veículos saem de fábrica e quais as possíveis mudanças na Lei em relação ao estepe de carro. E aí, quer esclarecer essas dúvidas? Siga com a leitura do nosso post!

O estepe é obrigatório para todos os automóveis no Brasil?

O estepe é obrigatório para todos os automóveis nacionais ou importados. Porém, em alguns casos, a legislação permite a ausência do item, desde que o motivo seja tecnicamente comprovado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Uma das exceções do uso do estepe de carro é para veículos equipados com pneus run flat.

O estepe é obrigatório para todos os automóveis no Brasil?

De acordo com a resolução 540/15 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), nesse caso, exige-se selante em quantidade suficiente para o reparo de pelo menos um pneu, além de um dispositivo que permita enchê-lo até a pressão recomendada.

Ônibus ou micro-ônibus de transporte urbano, caminhões de lixo ou concreto e blindados de transporte de valores e veículos com peso bruto (PBT) de até 3,5 toneladas, desde que solicitem no Contran a dispensa do equipamento, também não precisam usar o item.

Como é o estepe dos automóveis de fábrica?

Alguns automóveis saem de fábrica com estepe de uso temporário. O item é mais fino do que os pneumáticos utilizados. Ele só pode ser utilizado em velocidade limitada de 80km/h. Entretanto, ao optar por este tipo de pneu, os fabricantes conseguem liberar espaço no porta-malas e, sobretudo, reduzir o peso do veículo.

Apesar da vantagem, há um projeto de lei que propõe o fim deste tipo de estepe de carro e obriga as montadoras de automóveis a equipar todos os veículos vendidos no Brasil com um estepe do mesmo tamanho dos outros quatro pneus.

O que diz o projeto de lei que defende o fim do estepe de emergência?

Desde 2015, tramita na Câmara dos Deputados Federais, o Projeto de Lei 82/2015 que propõe o fim ao pneu de emergência no mercado automotivo nacional. No entanto, os argumentos para o fim do estepe de carro ainda não convenceram. É que a proposta sustenta que o uso do estepe temporário provoca dúvidas quanto à segurança do veículo e certamente causa prejuízos ao consumidor.

No entanto, é preciso que motoristas, consumidores em geral e profissionais que trabalham no setor automotivo tirem as suas próprias conclusões sobre o assunto. Há vários motivos que fazem questionar o uso do pneu sobressalente. Um deles é a redução de peso ou melhor, de massa do veículo, que seria na ordem de 40%.

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Além disso, sem o estepe, os automóveis teriam mais espaço no porta malas, pois há casos que os pneus de uso são tão grandes que um estepe idêntico nem caberia no compartimento de bagagem. Por todos esses motivos, pode-se dizer que, cada vez mais, o uso do pneuzinho sobressalente é uma tendência.

No entanto, há quem diga que esse tipo de estepe, de dimensões menores, é para reduzir os custos e aumentar os lucros, mas alguns especialistas garantem que não. Isso ocorre porque não há demanda significativa do mercado de reposição e, além disso, a carcaça desse pneu é reforçada, o que faz com que o material aplicado seja mais caro que o convencional.

Portanto, esse tipo de pneu não é frágil. Os pneus de emergência passam pelos mesmos testes como frenagem, dirigibilidade em pistas seca e molhada – que os pneus convencionais. Mas, é preciso ficar atento, pois eles também têm prazo de validade, que é especificado pelo fabricante.

Quais as alternativas para substituir o estepe de emergência?

Há vários sistemas alternativos. Alguns automóveis nem contam com estepe. A opção mais simples (e cara) são veículos equipados com pneus run flat, que, por terem uma estrutura reforçada, podem rodar sem ar, mas com algumas restrições. Outros contam com um kit com um selante e um compressor de ar, que recupera o pneu.

Essa é uma tecnologia chamada seal, também usada preventivamente por algumas pessoas. Nesse caso, o selante já fica dentro dos pneus e, caso, furem, eles serão reparados instantaneamente. Mas é bom deixar claro que essa tecnologia não serve para qualquer situação, não sendo eficaz para grandes danos.

Já em alguns automóveis grandes, como os utilitários, os pneus são tão exagerados que o de emergência deve ser inflado com uma espécie de compressor antes de substituir o componente danificado. O projeto de lei mencionado no tópico anterior, obriga o fornecimento de rodas e pneus sobressalentes com dimensões idênticas aos que equipam os veículos novos comercializados no Brasil.

A proposta já foi aprovada na Comissão de Defesa do Consumidor e atualmente aguarda parecer do relator na Comissão de Viação e Transportes (CVT). Porém, para ter a aprovação final, o projeto precisa passar pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Agora que você aprendeu que o estepe é obrigatório para todos os automóveis nacionais e importados, você sabe o quanto esse item é importante, não é verdade? Fique atento e ande com o seu estepe em dia!

Quer ler mais conteúdos como esse? Acesse o nosso próximo post e saiba que o Ford EcoSport 2019 não possui mais estepe na traseira! 

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