Em meio a uma pandemia sem precedentes e a um horizonte de muitas incertezas futuras, o setor automobilístico do Brasil encerrou o primeiro semestre do ano com algumas preocupações, que há muito tempo não sentia.
De acordo com um levantamento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Motores), o país teve uma queda de mais de 50% na produção de veículos em relação ao mesmo período do ano passado e as previsões de uma recuperação significativa não são tão boas assim.
Sendo assim, o que se pode esperar para um futuro próximo em relação à produção de veículos no Brasil pós-pandemia e como lidar com esses altos e baixos do setor? Continue a leitura e entenda melhor!
Um panorama mais atual sobre a produção de veículos em 2020
Só no primeiro semestre de 2019, a produção de veículos brasileiros batia o exato número de 1.474.305 unidades, entre leves (carros e picapes) e pesados (caminhões, vans e ônibus). Um volume satisfatório e que cumpria uma previsão já imaginada para o setor.
No entanto, no mesmo período desse ano, entre janeiro e junho, a produção de veículos atingiu, com muitos esforços, pouco mais do que 729 mil unidades no país inteiro, o pior cenário desde 1998.
Evidentemente, os efeitos da pandemia e sua respectiva crise econômica são as principais explicações para essa triste realidade do setor automobilístico do país, o que forçou a paralisação temporária de muitas montadoras, afetou as exportações e influenciou nas decisões de compras dos consumidores.
Vendas de veículos também desabam, mas concessionárias respiram
Além da produção de veículos, a venda de carros novos também sentiu os efeitos da pandemia nesse primeiro semestre no Brasil. Ao todo, foram quase 810 mil unidades comercializadas entre janeiro e junho desse ano, contra mais de 1.300.000 no mesmo período de 2019.
Só no mês de junho, a diferença foi de 40,5% a menos em relação ao ano passado, o que preocupa não apenas as montadoras, mas também os revendedores e concessionárias do país.
No entanto, um suspiro de alívio em meio a tantas notícias e números desastrosos. Segundo o mesmo levantamento, o afrouxamento do isolamento social e a reabertura de alguns poucos setores da economia, já proporcionaram um aumento de 113%, entre junho e maio de 2020.
Tal crescimento conforta alguns donos de concessionárias e até mesmo parte das montadoras, pelo menos nesse momento. Porém, as previsões de normalização e a retomada 100% da indústria automobilística brasileira não deve ser tão rápida assim, segundo a visão de especialistas.
A expectativa é de crescimento, porém, será preciso paciência
A retomada dos níveis normais para a produção de veículos no Brasil só deve ocorrer a partir de 2025 e isso com previsões otimistas de alguns especialistas. Por outro lado, até lá, o setor terá que encarar muitos desafios e cenários não muito favoráveis.
A começar por 2020, ano de muita incerteza sobre o futuro da atual pandemia e de enorme deterioração da economia nacional, a perspectiva é de fecharmos o período com um tombo de 45% em nossa produção de veículos.
Para se ter uma ideia do baque, a previsão inicial da Anfavea para o fim de 2020 era de um crescimento de mais de 7% para o setor, caso não tivesse ocorrido o surto da doença e não fossem precisas as medidas de contenção para a sua propagação.
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Enquanto isso, especialistas, montadoras e revendedores buscam alternativas viáveis para os próximos anos em relação a vendas e a produção de veículos no país. Talvez ainda seja cedo para prever números exatos e assertivos para o setor em um horizonte futuro, e a saída – para não dizer esperança – é aguardar uma reviravolta dessas previsões, seja pela descoberta de uma vacina, seja por ações mais estratégicas das empresas e do Estado.
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