Que a pandemia de Covid-19 abalou – e ainda abala – a economia global, ninguém duvida! No entanto, entre as áreas mais afetadas pela crise, destaca-se o setor automotivo brasileiro, que até então vivia em uma crescente.
Após as decisões de confinamento social, paralisação de fábricas e a eminência de uma crise econômica de grandes proporções, o setor se viu frente há uma turbulência jamais assistida nos últimos anos.
E entre os principais desafios futuros está um recente levantamento nacional, que aponta para um (não entendi) aumento de 500% no número de renegociações no setor automotivo durante a pandemia.
Quer entender melhor os motivos, impactos e expectativas para esse tema? Então, boa leitura!
O que explica o aumento das renegociações no setor automotivo na pandemia?
A pesquisa foi realizada em agosto deste ano e analisou, nada menos, do que 700 mil contratos de compras de automóveis no Brasil.
A Deep Center, empresa responsável pelo levantamento, apontou para um aumento de 500% nos pedidos de renegociações dos brasileiros no período da pandemia, mais exatamente entre março e agosto, e em relação aos mesmos meses no ano passado.
Só no mês de agosto esse aumento foi de 9% em comparação à média de maio, junho e julho juntos.
Outro ponto crítico que a pesquisa mostrou foi o elevado percentual de devoluções dos veículos aos vendedores, o que representou um crescimento de 64% no período.
De acordo com o CEO da empresa realizadora, Gabriel Camargo, a pandemia trouxe inúmeras incertezas sobre o futuro financeiro dos consumidores e, consequentemente, isso ajudou a “implodir” os planos e investimentos de muitos brasileiros, como bem explicou em uma entrevista para a Revista Veja.
Além disso, o especialista considera normal este fenômeno em tempos como esse, no qual a renegociação passa a ser uma alternativa estratégica das empresas para tentar minimizar a inadimplência, especialmente em áreas com grande movimentação financeira, como é o caso do setor automotivo.
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E o que se pode esperar para o setor automotivo no pós-pandemia?
Números como os que acabamos de ver sempre causam impacto, especialmente, para aqueles que dependem do setor automotivo como fonte econômica.
Afinal, não são apenas montadoras e concessionárias que sentem na pele os efeitos dessa crise. O setor de serviços, como oficinas mecânicas e auto centers, também pôde perceber mudanças imediatas nessa fase de pós-pandemia.
Outro levantamento, dessa vez feito pela Sindipeças, sindicato que congrega diversas empresas do setor automotivo, mostrou que, só em abril de 2020, a queda de vendas de automóveis ultrapassou os 80% no início da pandemia.
Mesmo com a retomada gradativa das atividades, uma normalização 100% só deve ser possível ao longo de muitos meses, para não dizer anos.
Para a abordagem dessa mesma pesquisa, o jornal Estado de Minas entrevistou especialistas, que arriscaram prever, pelo menos, 3 anos para a recuperação total do setor automotivo no Brasil.
Por outro lado, a pandemia também acelerou tendências, forçou mudanças de hábitos e influenciou, de certa forma, o perfil de consumo de muitos brasileiros, o que pode soar como uma boa oportunidade, em especial, para o setor de serviços automotivos, como bem vimos em um outro artigo de nosso blog (eu colocaria o título do tal artigo).
O fato é que o horizonte do setor automotivo, assim como de muitos outros, ainda envolve muitas incertezas sobre um futuro breve. De um lado, acompanhamos uma recuperação leve, porém otimista na produção e vendas de veículos no país, em relação ao início da pandemia.
Por outro, ainda encaramos com precauções e questionamentos os próximos episódios dessa crise sem precedentes.
Com isso, nos resta unicamente aguardar, acompanhar e torcer por uma reviravolta rápida e promissora para a retomada do setor automotivo em suas previsões iniciais, antes dessa pandemia.
Gostou do post? Se você atua no setor automotivo ou simplesmente é apaixonado por carros, aproveite para navegar em nosso blog e confira muitos outros artigos já publicados por lá!
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